Portugal conquistou a 4 de Dezembro de 2013 a segunda inscrição, depois do fado, na lista do Património Imaterial da Humanidade. Foi uma candidatura plurinacional partilhada com a Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia.
Sem discussão e sem objecções, e com o presidente da mesa a realçar que ninguém se opunha à classificação, “até porque todos gostam desta comida”, Portugal viu consagrada a candidatura conjunta com a Croácia e Chipre, mas também com Espanha, Marrocos, Itália e Grécia – estes últimos quatro países tinham já os seus nomes e a sua dieta mediterrânica inscritos nos bens patrimoniais da UNESCO desde 2010, mas associaram-se agora aos outros três numa candidatura renovada e mais abrangente e que foi liderada pela Câmara Municipal de Tavira.
No projecto de decisão elaborado pela UNESCO depois de analisada a candidatura – que fora apresentada na sede da organização em Paris em Março de 2012 –, é salientado que “a dieta mediterrânica envolve uma série de competências, conhecimentos, rituais, símbolos e tradições ligadas às colheitas, à safra, à pesca, à pecuária, à conservação, processamento, confecção e, em particular, à partilha e ao consumo dos alimentos. Comer em conjunto é a base da identidade cultural e da sobrevivência das comunidades por toda a bacia do Mediterrâneo. É um momento de convívio social e de comunicação, de afirmação e renovação da identidade de uma família, grupo ou comunidade”.
A transmissão destes saberes e práticas de geração em geração na criação de uma identidade cultural e social, a sensibilização para a necessidade de consumir produtos saudáveis, a salvaguarda desta cultura através de medidas e legislação adequada foram outras razões apontadas para a classificação.
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